quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Boas maneiras



      Eu cresci ouvindo e seguindo os ensinamentos de meus pais. Sempre que tinham oportunidade, tentavam me ensinar boas maneiras, assim como, ao passar entre duas pessoas conversando, pedir licença, ou agradecer sempre que alguém me oferecesse algo, ou quando alguém ajudasse em qualquer tarefa por mais simples que fosse. Desta forma eles ensinavam que os atos são tão importantes quanto às palavras e os sentimentos. Mesmo assim, confesso que errei por várias vezes, mas fui humilde o suficiente para assumir meus erros e tentar repará-los. Sempre que fazia alguma coisa errada, instantaneamente um remorso me trazia a memória tudo que eles me ensinaram, então não havia outro jeito, eu me via obrigado pela minha consciência a voltar atrás. Mas os erros também serviram para refletir melhor sobre outras coisas, como a paciência, ou nunca dizer não quando alguém me pedir um favor que eu sei que posso fazer. É preciso exercitar com frequência a paciência. Quantas pessoas gostariam de serem apenas ouvidas? Às vezes um bom ouvinte diz mais que mil palavras. É claro que a minha educação foi muito lapidada com o passar do tempo, através de amizades bem selecionadas, boas leituras, uma ótima formação religiosa, mas o maior peso, sem dúvida nenhuma foram os ensinamentos dos meus pais, que com muita simplicidade souberam me instruir durante na minha juventude. Eu sei que eles não eram perfeitos, que também erravam como qualquer ser humano, porém, seus erros passavam despercebidos diante de tanto carinho e paciência que tinham comigo. Bom, era o que eu tinha para falar. Eu sei que não vou conseguir mudar o comportamento das pessoas com apenas esse simples texto, mas acredito que as mudanças de comportamento nos conduzam a um mundo mais fraterno.

(João Vianei Alves)

Nenhum comentário:

Postar um comentário