terça-feira, 21 de junho de 2011

Sedentos por amor


Perdidos nas noites sombrias,
Jogados em becos insanos,
Pútridos rebentos da nostalgia,
Verdadeiros trapos humanos,

Entre os dedos, brasas ardentes,
Que queimam até seus sentimentos,
Viajantes de um mundo inconsequente,
Na busca do prazer sem fundamento,

Rindo a toa num mundo sem razão,
Viciados, drogados, maltrapilhos,
Fazendo sua casa o próprio chão,
E o chão, descanso do martírio,

Seres jogados num canto qualquer,
Vestígios de vida perdidos em becos,
Entregues ao acaso pra sofrer,
Excluídos, reféns do próprio medo,

Quem acolherá os seus lamentos?
Retirando-os do mundo da incerteza,
Quem entenderá seus sofrimentos?
Seus vícios, suas dores e tristezas,

Como eu queria ver sorrindo,
Meus irmãos sedentos por amor,
Suas vidas das trevas ressurgindo,
A alegria superando toda dor.

Um comentário:

  1. Simplesmente Lindo! Adorei cada estrofe, cada verso. Parabens de verdade, vou seguir !!!

    http://otextodocontexto.blogspot.com

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