sexta-feira, 20 de maio de 2011

Gente humilde

Entrelaçados de linhas urbanas,
Refletindo o podre das mentes humanas,
Num ar poluído que arranca,
A bondade Mais pura,
Destroem a inocência das crianças,
Jogando-as no relento cruel,
Aos cuidados da rua,
Engravatados hipócritas,
Que roubam a dignidade,
E a vontade de viver,
Dessa gente humilde que tenta,
De todas as formas sobreviver,
Minoria que vive dos milhões,
Arrancados do nosso esforço,
E ainda falam em democracia,
Pura demagogia com ar de bom moço,
Pobre gente inocente,
Que vive das migalhas excedentes,
Jogadas por aqueles que acreditou,
Escravos de um mundo sombrio,
Só lembrados nos comícios,
Desprovidos de valor,
Mas quando a fome aperta,
Há sempre uma alma aberta,
Tentando lhes ajudar,
E naquelas noites frias,
Como anjos em romaria,
Chegando pra ofertar,
O único alimento do dia,
Momentos que vejo esperança,
Num sorriso de criança,
Pedindo pra ser feliz,
Até chego a sonhar,
E às vezes acreditar,
Em justiça neste país.


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